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balanço final

Greve demonstra força e união dos servidores públicos municipais

A quantidade de adesões, o número de pessoas comparecendo nas passeatas e o apoio popular só demonstraram quanto o movimento foi importante para categoria

Publicado em 28/04/2022 às 14:31
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A greve dos servidores públicos municipais de Mogi Mirim, encabeçada pelo Sinsep (Sindicato dos Servidores Municipais), foi encerrada com 29 dias de duração e com o acordo selado com a Prefeitura.

A proposta aceita foi de 2% de reajuste salarial, R$ 1 mil de abono em parcela única e cartão-alimentação no valor de R$ 350. A última reivindicação do Sinsep era R$ 400 de cartão-alimentação e, pelo menos, 7% de reajuste salarial.

A proposta aceita acabou sendo mais baixa, mas o movimento como um todo mostrou como a união dos servidores pode fazer com que a Administração Municipal acabe abrindo mais espaço para negociações na busca de melhorias para a categoria.

Quando foi decidido que a greve seria instaurada no município a partir do dia 29 de março, acreditava-se que poucos servidores acabariam aderindo ao movimento. A Prefeitura até a época era irredutível e não estava aberta para negociações com o Sinsep.

Porém, conforme os dias foram passando, mais e mais funcionários acabavam se juntando e cerca de 350 servidores apareciam constantemente nas manifestações. Entendendo a força do movimento e vendo que a falta de funcionários em diversos setores traria grandes transtornos nos serviços municipais, a Prefeitura recuou e voltou a abrir espaço para escutar as reinvindicações da categoria.

Com diversas negociações frustradas e com os dias passando, a união dos servidores foi validada pelo TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho), de Campinas, que solicitou apenas que 30% da Saúde funcionasse de maneira plena.

Sendo assim, a greve seguiu em pé e, sem nova proposta de reajuste por parte da Prefeitura, os próprios servidores apresentaram suas demandas. O aumento de 7% foi apresentado e negociado com a Administração Municipal, mas foi considerado inviável por parte do poder público que alegava cair na Lei de Responsabilidade Fiscal caso cedesse.

Entretanto, o que parecia ser uma negociação cordial ganhou novos rumos com a ameaça de corte da cesta básica. Os servidores se sentiram revoltados com a medida, mas rapidamente se movimentaram para coletar alimentos caso isso fosse realmente implantado pela Prefeitura.

Para tentar dar fim a greve e conseguir suas reinvindicações, uma nova contraproposta foi apresentada e os vereadores foram pressionados pelos servidores para que um reajuste maior fosse proposto, mas, por fim, em assembleia decidiram aceitar a proposta de 2% com o acréscimo de abono salarial e aumento do valor do cartão auxilio alimentação.

Além disso, as passeatas nas ruas de Mogi Mirim foram um ponto positivo por mostrar como a população compreendeu as demandas dos servidores e os apoiaram durante os dias de greve. Nas lojas e ruas, os manifestantes eram aplaudidos quando passavam protestando pelo reajuste e por melhorias.

Balanço Final

Mesmo com a proposta de apenas 2% de reajuste salarial tendo sido aceita, a movimentação pelas ruas, a união entre os grevistas e a força do Sinsep foram colocados à prova e foram bem sucedidas. O número de adesões e o apoio popular só demonstrou o quanto as reinvindicações eram justas, por mais que não pudessem ser concedidas agora.

A sensação é de vitória e de que, em um momento oportuno, a união dos servidores mogimirianos trará resultados muito mais positivos e significativos, demonstrando sua força em toda a região.


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