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Falsas figueiras causam problemas nas cidades

No Jardim Velho, em Mogi, há vários exemplares. Devido à forma como elas estão sendo conduzidas, apresentam perigo constante, além de sufocar as árvores.

Publicado em 10/10/2019 às 21:01

Todos nós nos sensibilizamos quando o assunto é árvore. Sabemos que todas as árvores são importantes, mas as falsas figueiras de origem asiática são problemas nas praças e calçadas. Na década de 1950 a 1970, a falsa figueira foi muito popular na decoração de ambientes internos e externos.

As árvores eram plantadas como mudas em vasos, e eram desejadas como poder ornamental. Como era uma árvore exótica, somente percebeu-se que tinha grande poder de crescimento e de produzir raízes agressivas quando transplantadas no solo.

Elas não são adequadas para arborização das cidades, pois o crescimento de suas raízes tem capacidade de deformar as paredes das residências, estourar as tubulações de água e esgoto, além de tornar-se um perigo constante de queda, principalmente quando suas raízes não têm espaço suficiente para se desenvolver.

Uma figueira falsa adulta, deve ter pelo menos um espaço de 40 metros circulares para desenvolver suas raízes e oferecer menos risco de queda. Tecidas essas considerações e trazendo para nossa realidade, no Jardim Velho de Mogi Mirim temos vários exemplares da falsa figueira que devido à forma como elas estão sendo conduzidas, enjauladas com muretas que compromete o desenvolvimento de suas raízes, apresentam perigo constante, além de sufocar as árvores nativas.

No ponto de vista técnico, essas figueiras falsas de origem asiática não são uma espécie em extinção, devem ser removidas para evitar maiores problemas. Em várias cidades do Brasil, essas espécies foram removidas. Em outras cidades, o plantio dessa espécie foi proibido por lei, como Joinville (SC) e em Belém (PA). Em São Paulo, a secretaria do verde e do meio ambiente informou que uma lei de 2003 proibiu o plantio da espécie exótica e invasora, a falsa figueira.

Não me resta dúvida que é nobre a preocupação em manifestos com a suspensão das árvores. Porém, nesta situação o manifesto não tem fundamento. Essas árvores não são centenárias. Os órgãos competentes deveriam tomar as medidas cabíveis, para não acabar com o patrimônio histórico do Jardim Velho. Talvez seja tarde demais, tendo em vista que muitos exemplares de nativas já foram erradicadas por falta de um bom manejo. Fiz alguns relatos, tendo em vista que existe vasta literatura em torno do assunto.

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